terça-feira, 17 de junho de 2014

O atual medo do futuro





Olá internautas!

      Ontem, no horário do jantar, eu e minha família estavamos falando sobre talento, hobbies e passa tempos que realizamos. No início o assunto estava até que divertido, só que, não sei por qual motivo, ele ficou muito sério e minha mãe começou a perguntar com seriedade sobre o que gostavamos de fazer. Eu tenho uma irmã mais velha, Fernanda, e ela disse que gostava muito de escrever, e realmente gosta, já passou noites em claro escrevendo no FanFiction. Mas, e eu? Depois minha mãe olhou diretamente para mim, com aqueles olhos de mãe que só vendo para entender. Não sabia o que responder, pois não sei se realmente escrever é o que eu curto. Criei o blog porque preciso desabafar em algum lugar, sou aquele tipo de pessoa que, se não tiver uma válvula de escape, acaba explodindo. O blog é minha válvula de escape. Então ficou aquele silencio e minha família esperando uma resposta, aquele silencio intimidador, aquele friozinho na barriga, tentava pensar em algo, qualquer coisa. Chegou uma hora que não deu, olhei no fundo dos olhos da minha mãe e simplesmente disse "Não sei.". Na hora ela respondeu com firmeza "Como você não sabe? Todo mundo faz alguma coisa naqueles momentos de cansaço, tem que existir algo que te de prazer, alegria, qualquer coisa.". De repente, ouvi uma vozinha baixinha, meio aterrorizada, parecia ser da minha irmã, a qual estava um pouco assustada com a possível reação da minha mãe, dizendo "E moda?". Depois do que ela disse surgiu um sorriso no meu rosto, pois adoro moda, fico horas pesquisando tendências e preços e minhas amigas falam que eu estou sempre bem vestida! Acabei de jantar e me dirigi ao meu quarto, quando finamente pude me deitar sobre aqueles lençóis de algodão, pegar meu fone de ouvido, ouvir uma música do Vampire Weekend e pensar... Simplesmente pensar...
      Comecei a lembrar da tradicional pergunta que todo adolescente já se fez, "o que vou ser quando crescer?". A maioria começa pensando no que gosta, humanas, exatas ou biológicas, ou então, começa pensando no que gosta de fazer, pintar, escrever, caucular, pesquisar... Ao contrário da maioria, eu não sabia por onde começar, ao mesmo tempo que gosto de tudo, não gosto de nada. Realmente gosto de moda, só não acho que poderia ser alguma coisa que levaria para o resto da minha vida. Vou bem nas matérias da escola, sou daquelas que prestam atenção e acabam se saindo bem. Pensei em todo tipo de profissão até começar aquelas crises existenciais "Quem sou eu?""O que eu vou fazer da minha vida?", aquele medo que todo mundo tem do futuro, do inesperado, do desconhecido.
      Estava quase entrando em um abismo, quando resolvi falar com Fernanda, porque ela é minha melhor amiga, a pessoa que mais confio no mundo. Expliquei o que estava sentido, aquele vazio, aquele medo de acabar não se tornando nada na vida e ela, com aquele espírito calmo, que poucas pessoas tem, me deu um abraço forte que me fez sentir bem melhor. Conversamos por um tempo até ela me fazer entender que ficar preocupada não ajuda em nada e ela garantiu, com palavras de ternura, que eu ia acabar me encontrando e conseguiria traçar meu caminho.

Um abraço

Ass: Sara